Celebramos hoje a Assunção de Nossa Senhora, a Páscoa de Maria. Maria, sempre unida ao seu Filho, na vida e até à morte, uma vez concluído o percurso da sua vida terrena, é a primeira criatura associada à glória da ressurreição do Seu Filho. Celebremos esta Solenidade, deixando-nos mover pela boa pressa de Maria, que não nos abandona no nosso caminho. Ela é a Mãe solícita, Mãe apressada, que nos acompanha sempre, que corre ao nosso encontro para nos conduzir ao encontro de Seu Filho. Ainda com as imagens e mensagens da JMJ, a fazer caminho dentro de nós, façamos do nosso coração um santuário de Cristo vivo.

Em pleno mês de agosto, a Liturgia da Palavra conduz-nos ao monte de Deus, o Horeb, e ao mar da Galileia. Vamos até ao monte, refúgio do profeta Elias, onde o Profeta procura a paz e a serenidade, no meio do vento, do fogo e do terramoto que o sacodem, abalam e consomem. Só uma brisa suave lhe traz a confiança da presença de Deus, que está perto dos corações atribulados, dos refugiados e dos que emigram da sua terra, para encontrar o seu lugar no mundo. Vamos até ao mar, onde os discípulos, depois da festa dos pães, são surpreendidos por uma tempestade e desafiados a superar o medo. Façamos desta Eucaristia encontro sereno, em que o Senhor nos chama à Sua presença, à intimidade com Ele, pois prefere a mansidão misericordiosa ao tumulto do aparato e da violência!

As Paróquias de Nossa Senhora da Hora e de Guifões receberam 33 egípcios e 5 croatas, em famílias de acolhimento. A eles se juntaram os nossos jovens e aqueles que os acompanham: 66 da Senhora da Hora, 13 de Guifões. Pelo sonho, é que vamos!  Irmãos e irmãs: Celebremos esta Eucaristia, com a alegria própria de quem encontrou em Cristo o tesouro e a pérola da alegria e da sabedoria. Preparemos, desde já, os nossos corações, invocando a misericórdia do Senhor.

Continuamos com Jesus, à beira-mar, a desfiar parábolas, que nos adentram nos mistérios do Reino de Deus. São mais três parábolas: a do trigo e do joio, que realça a paciência do Semeador e a concorrência do Maligno; a do grão de mostarda, que manifesta a grandeza escondida no que há de mais pequenino e humilde; e a do fermento na massa, que nos exorta a levedar o mundo com a força inerme do Evangelho. Hoje ficaremos apenas pela primeira parábola. Não tenhamos pressa em colher, mas paciência no semear! Há pressa no ar, mas não haja pressa em terra. Esta parece ser a mensagem da Palavra, que hoje vamos escutar. Confiemo-nos, desde já, à paciência indulgente de Deus, que nos julga com mansidão e bondade.

O tempo do verão e das férias permite-nos saborear a beleza e a riqueza da Criação. À beira-mar ou no alto da montanha, à sombra de uma árvore ou de sol a sol por entre as searas, os céus e a Terra proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos. Somos desafiados a abrir o livro da Natureza, com as mãos de um jardineiro e o coração de um poeta. A Natureza está cheia de palavras de amor, mas a pressa e o ruído, as ocupações e preocupações impedem-nos muitas vezes de as ouvir e compreender. Procuremos, desde já, desimpedir do terreno do nosso coração tudo o que impeça de deixar frutificar a boa semente da Palavra e do Reino de Deus.

Uma pausa no verão: põe de molho o teu coração. Dito de outro modo, Jesus deixa-nos o convite: “Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei”! Viemos até Ele, em resposta ao Seu convite! Sob o peso da nossa fragilidade, mas também na leveza da graça, que nos salva. Na alegria deste encontro com o Senhor, à volta da Sua mesa, confiemo-nos, desde já, à Sua misericórdia, para encontrarmos n’Ele a mansidão do coração, o refúgio sereno e a paz verdadeira.

Com o verão em força, apetece-nos ainda mais sair de casa, beber um copo de água fresca, mergulhar nos rios ou nas ondas do mar. Mas Jesus continua a bater à porta da nossa Casa e do nosso coração, para que O recebamos como Hóspede divino. Ele quer-nos escutar. Ele quer-nos falar. Ele quer partilhar a nossa mesa. Ele quer oferecer-Se como alimento que sacia. Na Eucaristia, recebemos a Cristo e Ele recebe-nos a nós. Comecemos por arrumar a nossa casa, limpar o nosso interior, para dispor o nosso coração a acolher a presença do Senhor. Invoquemos a Sua misericórdia.

Não tenhais medo” é um refrão que se repete hoje, por três vezes, no Evangelho, mas que a Bíblia declina como um refrão, por 365 vezes, para que o medo não nos domine, não nos paralise e não nos contagie. Para vencer o medo, ponhamos, desde já, a nossa confiança no Senhor, que é Pai de todos e cuida de cada um de nós, com desvelo total e amor infinito. Confiemos-Lhe todas as nossas preocupações, porque Ele tem cuidado de nós. Aproximemo-nos d’Ele, com toda a confiança do coração.

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