Estamos já na reta final do ano litúrgico. Apagadas as velas, que foram acesas no início de novembro, já se se preparam e acendem, nas ruas e nos centros comerciais as luzes do Natal. Mas a Liturgia ensina-nos a viver o presente, a não queimar etapas, a não esgotar as energias da festa antes do seu tempo. Este é ainda o tempo da espera, da preparação, da luta, da vigilância. E nós aqui estamos para reabastecer a almotolia do nosso coração, a fim de mantermos acesa em nós a luz da fé, da esperança e do amor. E fazemo-lo na conclusão da Semana dos Seminários, pedindo a Deus a sabedoria dos caminhos que nos quer abrir, para que não faltem à Igreja os Pastores que Deus quer, quando quer e como quer.

Deus e o ser humano, o amor a Deus e ao próximo… as duas faces da mesma moeda. Hoje, o título de pai e a imagem da mãe aparecem-nos como as duas faces do rosto paterno e materno de Deus. Deixemo-nos mover e comover pela Palavra e peçamos ao Senhor que nos faça crescer como filhos de Deus e como irmãos em Cristo. Invoquemos o perdão deste Deus Pai, que a todos nos ama com coração de Mãe. 

Alegres na esperança é a proposta que somos chamados a viver, nestes dois dias. Celebrámos, em primeiro lugar, a bem-aventurança dos santos, a feliz condição e a plena realização de Todos os Santos. Exultamos de alegria: a alegria completa, a alegria que é participar da vida nova da ressurreição. Por graça de Deus, os Santos, já alcançaram a meta do Paraíso e querem-nos atrair para aí, para o coração de Deus. Entre “Todos os Santos” estarão muitos que viveram e conviveram connosco: santos de “ao pé da porta”, que foram nossos familiares, amigos, conterrâneos, da nossa idade e profissão. Esta comunhão dos santos e de santos, faz-nos rezar e celebrar a Eucaristia, para apressar e intensificar o caminho de purificação que nos conduz ao Céu. Rezemos juntos, vivos e defuntos, uns com os outros e uns pelos outros. Rezemos pelos que partiram antes de nós, confiantes de que também eles intercedem por nós junto de Deus. É agora o dia e a oportunidade de proclamar a última bem-aventurança: «bem-aventurados os que morrem no Senhor» (Ap 14,13).

 

Exultemos de alegria no Senhor, celebrando este dia de festa em honra de todos os santos” (Ant. de entrada). Alegres na esperança é a divisa que nos orienta nestes dias, em que somos chamados a olhar para o céu, nossa meta, onde uma constelação de estrelas, nos serve de guia, para avançarmos juntos por um caminho novo. O nosso olhar projeta-se hoje para a galeria dos santos beatificados e canonizados. Não são os nossos globos de ouro, mas o ouro do nosso mundo. Não são heróis da banda desenhada nem extraterrestres. São homens e mulheres, alguns «santos de ao pé da porta», da nossa família, da nossa terra, da nossa profissão, do nosso tempo.  Não tenhamos medo nem vergonha da santidade; ela não nos tira forças, nem vida, nem alegria. No fundo, na vida «existe apenas uma tristeza: a de não ser santo (León Bloy). Por isso, somos chamados a ser santos: todos, todos, todos! 

Jesus continua sob interrogatório e a surpreender-nos com as suas respostas. Da política ao catecismo, os fariseus experimentam Jesus, em todas as matérias. Agora, a pergunta a Jesus é sobre qual o principal mandamento, de entre 613 preceitos! Jesus recorda-nos o amor a Deus e ao próximo, como duas faces da mesma moeda, pondo diante de nós o rosto de Deus e a face do irmão. Ambos provêm do mesmo Amor com que Deus primeiro nos amou. Amar a Deus e amar o próximo não é mais do que responder ou corresponder a esse primeiro amor. Por isso, movidos pelo amor de Deus, deixemo-nos converter ao Deus vivo e verdadeiro.

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