“Esta esperança
– diz-se no Pórtico do PDP 2025-2028 –
conjuga-se com a conversão, isto é,
com a capacidade de mudança,
que o Espírito Santo nos inspira,
optando por aquilo que tem futuro.
É uma mudança na qual estamos todos implicados:
dela somos todos destinatários e atores”.
A figura de João Batista, no deserto,
mostra-nos que, precisamente aí,
Vamos percorrer a última etapa do Jubileu,
com a caminhada diocesana do Advento de 2025
à Festa do Batismo do Senhor 2026,
sob o lema «Todos esperam por Ti!
Abre-nos caminhos de esperança».
Aqui partilhamos o programa interparoquial
que, de modo sinodal,
decidimos abraçar.
A Paróquia de São João da Madeira
partilha connosco esta interessante proposta,
que nos ajuda a concretizar, dia a dia,
o espírito da caminhada diocesana.
Num tempo em que, lá fora,
se vulgariza o «calendário do advento»,
com intituitos comerciais,
nós podemos ir à boleia da ideia
e dar um espírito novo,
que a nós realmente nos pertence.
Um jovem sonhou que estava numa loja.
Quem estava ao balcão era um anjo.
O jovem perguntou:
- Que vendeis aqui?
O anjo respondeu:
- Tudo o que desejares!
O jovem começou a pedir:
- Quero o fim de todas as guerras…
As espadas convertidas em relhas de arado
e as lanças em foices.
Mais justiças para os explorados,
«Todos esperam por Ti! Abre-nos caminhos de esperança». Inspirados por este lema, vamos percorrer juntos a última etapa do Jubileu, esta caminhada diocesana do Advento de 2025 à Festa do Batismo do Senhor 2026. Nos caminhos e nas ruas, das nossas aldeias, vilas e cidades, há múltiplos sinais de um certo Natal demasiado habitual: luzes cintilantes, presépios decorativos, iniciativas de bem-fazer e, sobretudo, o comércio que procura embrulhar o Natal. Mas nós não nos podemos distrair, embalar, adormecer, aborrecer. Queremos fazer outro caminho. Um caminho de espera, de desejo, de atenção redobrada ao Senhor que vem até nós. Queremos deixá-l’O vir e abrir, desde já, nos nossos corações e nas nossas vidas, novos caminhos de esperança.
Peregrinos de esperança, eis-nos já no último domingo do Ano Litúrgico. Nesta Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, Jesus coloca ao nosso alcance a meta da nossa peregrinação na terra: «Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso». São Lucas apresenta-nos Cristo na Cruz, a quem um dos malfeitores reconhece como Rei. Mas junto à Cruz de Jesus, está o discípulo amado, o mais novo, em quem podemos ver a imagem de cada jovem, dos jovens do mundo inteiro, a quem o papa Leão XIV desafia, com as palavras de Jesus aos seus discípulos: “Vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo» (Jo 15, 27). Estar para sempre com o Senhor é o nosso Paraíso. E nesta Eucaristia temos a graça de estar com Ele.
Celebramos hoje o 9.º Dia Mundial dos Pobres. São de esperança e confiança as palavras do Profeta Malaquias, que denuncia os soberbos e malfeitores e anuncia o raiar do sol de justiça e da salvação, para quantos honram o seu nome de filhos de Deus. Deus não dorme e os pobres são os seus eleitos! Na sua Mensagem para este Dia, o Papa Leão XIV lembra-nos que “a esperança transforma o coração humano em terra fértil, onde pode germinar a caridade para a vida do mundo”. E na Sua primeira Exortação Apostólica recorda-nos como, desde o princípio, a fé cristã, a celebração da Eucaristia e o compromisso com os mais pobres caminham de mãos dadas!
Reunimo-nos para celebrar a Festa em honra do nosso Padroeiro São Martinho.Martinho nasceu na Panónia, no território da atual Hungria, por volta do ano 316. Nascido de pais pagãos e, chamado ao serviço militar na Gália, quando era ainda catecúmeno, cobriu, com o seu manto, a Cristo na pessoa de um pobre. Depois de receber o Batismo e de renunciar à carreira militar, fundou um mosteiro em Ligugé, na França, onde levou vida monástica, sob a direção de santo Hilário de Poitiers. Depois, foi ordenado presbítero e, mais tarde, eleito bispo de Tours. Foi modelo insigne de bom pastor: fundou mosteiros e paróquias, dedicou se à formação e reconciliação do clero e à evangelização dos povos rurais. Morreu em Candes, no ano 397. Santo muito popular, é o primeiro confessor não mártir a ser venerado com rito litúrgico. O dia 11 de novembro é a data da deposição do seu corpo. Que a celebração desta Festa nos inspire a esperança do céu e da vida eterna e o amor concreto aos pobres, que são para nós a Carne de Cristo!