Olhos, coração e boca. Olhar, viver e falar. Três dimensões da nossa vida que estão hoje sob o juízo da Palavra de Deus. No centro, é claro, está o coração. O coração fala ao coração. O coração de Deus ecoa na Palavra e ressoa em nossos corações. Quando nos fala, é o coração de Deus que transborda! Ponhamo-nos à escuta, deixando vibrar nas cordas do coração o timbre desta Palavra, para que ela possa frutificar na nossa vida. No silêncio do coração, acolhamos a Palavra do Amor e o fruto do seu amor, na entrega de Jesus ao Pai por nós.

Jesus sobe a parada e a escalada do amor, com este desafio: Amai os vossos inimigos! É bem alta a medida da vida cristã comum, que todo o discípulo é chamado a viver. Trata-se agora de amar não apenas quem é diferente de nós, mas também de amar quem nos ofende ou é contra nós. Perante a loucura deste amor sem medida, deste perdão gratuito, desta dádiva sem esperar recompensa, sentimo-nos pequeninos e suplicamos a Jesus que nos dê o que nos pede. Na medida em que nos deixarmos amar por Ele é que poderemos amar como Ele. Invoquemos e deixemo-nos transformar pela sua misericórdia e pelo Seu perdão.

Felizes! Felizes. Felizes. Felizes. É a palavra com que Jesus começa a sua pregação. E é o refrão que Ele repete hoje, por 4 vezes, como se quisesse, antes de mais nada, fixar no nosso coração uma mensagem basilar: se estás com Jesus, se gostas de escutar a sua Palavra, se procuras vivê-la cada dia, és feliz. Não serás feliz, mas és feliz! Aqui está a primeira realidade da vida cristã. Somos, em Jesus Cristo, filhos amados e esperados do Pai. Eis a razão da nossa alegria, uma alegria que nada e ninguém poderá tirar-nos. Aqui e agora, somos felizes porque convidados para o banquete do Reino. Vistamos o traje de festa, o coração simples e pobre, e confessemos ao Senhor a tristeza da nossa pouca alegria!

Três grandes pecadores, à cabeça da missão: Isaías, o homem de lábios impuros, a quem Deus chama e envia; Paulo, o menor dos apóstolos por ter sido perseguidor de cristãos, que a graça de Deus transforma em arauto do Evangelho; e Pedro, o pecador convertido por Jesus em pescador de homens. “Jesus faz milagres também com o nosso pecado, com aquilo que somos, com o nosso nada, com a nossa miséria” (Papa Francisco, O nome de Deus é misericórdia, 89-90). Diante do Senhor, reconheçamos humildemente, como Isaías, como Paulo, como Pedro, a nossa pequenez e o nosso pecado, para que o Senhor nos tome, transforme e envie em missão.

Caríssimos irmãos: celebrámos com alegria, há 40 dias, a solenidade do Natal do Senhor. Hoje é o santo dia em que Jesus foi apresentado no templo por Maria e José. Exteriormente cumpria as prescrições da Lei mas, na realidade, vinha ao encontro do seu povo fiel. Aqueles dois santos velhos, Simeão e Ana, tinham vindo ao templo sob a inspiração do Espírito Santo; iluminados pelo Espírito, reconheceram o Senhor e anunciavam-n’O a todos com entusiasmo. Também nós, aqui reunidos pelo Espírito Santo, caminhemos para a casa do Senhor ao encontro de Cristo. Aí O encontraremos e O reconheceremos na fração do pão, enquanto aguardamos a Sua vinda gloriosa!

Pág. 46 de 128
Top

A Paróquia Senhora da Hora utiliza cookies para lhe garantir a melhor experiência enquanto utilizador. Ao continuar a navegar no site, concorda com a utilização destes cookies. Para saber mais sobre os cookies que usamos e como apagá-los, veja a nossa Política de Privacidade Política de Cookies.

  Eu aceito o uso de cookies deste website.
EU Cookie Directive plugin by www.channeldigital.co.uk