Liturgia e Homilias no XXVI Domingo Comum A 2023
Destaque

Continuamos, neste Domingo, a escutar o convite do Pai a trabalharmos, como filhos queridos, na Sua vinha. A Vinha do Senhor é não é lugar de tormento, de castigo, mas praça da alegria. A Vinha não é apenas o espaço interior da Igreja, com os seus diversos grupos e movimentos. A Vinha é todo o campo deste mundo, onde os cristãos são chamados a colaborar na edificação do Reino de Deus. Somos chamados a fazê-lo, com a prontidão e a alegria do serviço, com gestos concretos e não com palavra vazias. Porque muitas vezes dizemos sim… mas não agimos em coerência e em consequência, peçamos perdão.

Homilia no XXVI Domingo Comum A 2023

Que vos parece?! Pergunta Jesus aos seus interlocutores, nesta parábola, tão simples, que quase nos parece um conto infantil! E eu vou dizer-vos o que me parece, neste início de ano escolar e pastoral!

1.O Pai não se cansa de nos convidar a trabalhar na vinha, que é d’Ele e é nossa, campo aberto de alegria e de liberdade: “Filho, vai hoje trabalhar na vinha” (Mt 21,28). Este Pai, que não é patrão, trata-nos a todos carinhosamente como filhos, com as nossas semelhanças e diferenças, mas nunca como assalariados! Pede-nos que dêmos uma resposta «hoje», pronta e inadiável, sem desculpas. Não importam a resposta que tu deste ontem ou antigamente, o que já fizeste noutros tempos, os anos que já deste à casa. Importa a tua resposta «hoje», na vinha do Senhor. Importa o que fazes, não o que dizes. Hoje, Deus espera o teu “sim”, “de facto”.

2.Trata-se, tal como no trabalho na vinha, de um serviço, onde predomina a festa e a alegria. Não podemos olhar para a nossa missão como um fardo, uma obrigação, um peso, uma penitência, mas como uma graça, uma oportunidade, uma chance, uma alegria. É também neste espírito que somos desafiados “a uma nova etapa evangelizadora marcada pela alegria do evangelho” (EG 1), a alegria do encontro com Cristo, que é também uma alegria missionária, uma alegria que se renova e comunica.  É a alegria de tomar parte na construção do Reino, a alegria do serviço, a alegria de dar, a alegria de dar alegria aos outros!

3.Somos chamados todos, todos, todos, a cuidar desta vinha, muito para lá do adro da Igreja. Numa Exortação Pastoral recente, o nosso Bispo do Porto recorda-nos a alegria do serviço do Reino de Deus, no vasto campo do mundo e a partir do coração da Igreja. Passo a citar livremente: Hoje, o tradicional voluntariado e associativismo está em crise e há Associações que desaparecem por falta de órgãos de direção: desde os Clubes de Futebol de aldeia aos Ranchos folclóricos, Grupos de teatro amador. Nesta linha, apelo a um rejuvenescimento da participação e do voluntariado social. Precisamos de gente séria que se comprometa com as Associações. São imensos os setores onde se pode colaborar para o bem comum: nos Bombeiros Voluntários, nas Ligas de Amigos ou Voluntariado dos Hospitais e prisões, na Animação Sénior, nos Grupos de intervenção ecológica, no Apoio a peregrinos e migrantes, nas Associações de Desenvolvimento Integrado, nas Redes de Apoio Familiar, no acompanhamento de pais e familiares de pessoas portadoras de deficiência, na integração dos sem-abrigo, na ajuda a organizações que fornecem refeições gratuitas ou económicas, na colaboração com Unidades de Cuidados Continuados.

4.Mas também, a partir do  coração da Igreja – diz-nos o nosso Bispo – precisamos de revitalizar – ou de criar! – com gente nova e decidida a dar tudo em prol do Reino – a Catequese e a Animação Juvenil, os Grupos Corais, os Grupos de Acólitos e de Leitores, a Equipa de Comunicação para a divulgação das atividades pastorais por intermédio das páginas web e redes sociais, o Grupo de Visitadores de Doentes, de velhinhos e sós, ou de pessoas enlutadas, os Conselhos Económicos e Pastorais, as Comissões de Obras, os Grupos de Caridade e de Ajuda Fraterna, as Equipas de preparação para os Sacramentos do Batismo e Matrimónio, o Voluntariado para manter abertas as igrejas em segurança, as Equipas de Acolhimento a quem  vem viver na área da paróquia e aos fiéis que frequentam as nossas celebrações. Não esqueçamos os Grupos de Oração e o compromisso vocacional, no sacerdócio ou na vida religiosa e missionária. Aí mesmo, tu és chamado a seres um humilde trabalhador da vinha do Senhor, a seres o rosto feliz do filho que honra o Pai, com os frutos do teu trabalho humano.

5.Irmãos e irmãs: em tudo o que somos, dizemos e fazemos, haja esta marca da alegria, como sal e sol da nossa vida; haja o sorriso feliz, de quem se sente chamado a dar tudo de si e de seu, pois há sempre mais alegria em dar do que em receber (At 20,35). Neste espírito – como nos desafia o lema do ano pastoral – “Vamos com alegria. Juntos por um caminho novo”! Diz que vais!  E faz o que dizes!

 

 

 

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