Celebramos, neste Domingo, o 99.º (nonagésimo nono) Dia Mundial das Missões. E o Santo Padre desafia-nos a sermos construtores e missionários de esperança entre os povos. A Liturgia da Palavra vem recordar-nos hoje a importância da oração insistente e permanente: as nossas mãos erguidas para Deus são a grande arma e a retaguarda da missão. Mãos dadas a todos e entre todos são a forma mais bela e eficaz de construir a comunhão e de realizar a missão. Irmãos e irmãs: Deus deu-nos as duas mãos para «nelas trazermos a alma», para rezarmos, celebrarmos e realizarmos juntos as obras da fé. Por isso rezemos, celebremos e trabalhemos com as nossas mãos, para nos tornarmos missionários da esperança, de mãos erguidas e de mãos dadas.

Reunimo-nos em Eucaristia. A Eucaristia é o nosso grande “Obrigado” a Deus, por tudo o que Ele nos dá, nos diz e faz por nós. Na verdade, nada temos de grande, de belo e de bom, desde os dons da Criação aos dons da salvação, que não tenhamos recebido de Deus. Por isso, em cada Domingo, nós celebramos a Eucaristia, não tanto para oferecer algo a Deus, mas para receber d’Ele aquilo de que precisamos para O seguir verdadeiramente. A nossa gratidão, a nossa ação de graças, não acrescentam nada à grandeza de Deus, mas dilatam o nosso pobre coração para receber tudo o que o Senhor nos quer dar. Nesta Eucaristia façamos memória viva e agradecida da Vida que Jesus entregou ao Pai por nós. E peçamos que nos cure da lepra do esquecimento e da ingratidão.

Outubro é o mês missionário e é o mês do Rosário. Somos desafiados pelo Papa Leão XIV a intensificar, neste mês, a oração do Rosário pela Paz. A oração é a primeira ação missionária e, ao mesmo tempo, «a primeira força da esperança». Hoje o Evangelho recolhe-nos uma prece fundamental, que deve ressoar do mais profundo do nosso coração: “Senhor, aumenta a nossa fé”(Lc 17,5).Talvez esta oração deva ser dita e traduzida, hoje, por nós, de uma outra forma: “Senhor, dá-nos um pouco de fé e isso nos basta”! O Senhor prefere a fé humilde e serviçal dos pequeninos à fé arrogante e soberba dos que se julgam donos de Deus. Que a frescura da Palavra, o Pão da Eucaristia, a e o contágio do testemunho nos ajudem a crescer na pouca fé, na fé pequenina, na fé dos mais pequeninos.

Reunimo-nos para o banquete da Eucaristia, em que Cristo Se faz Pão partido para a vida do mundo. Queremos que esta mesa posta, para a alegria e alimento da nossa comunhão, seja o sinal e compromisso de abrir a Mesa da Criação a todos os Povos. Não nos tornemos cegos, surdos e indiferentes, a quem, à nossa porta, suplica pelo pão de cada dia. Para celebrarmos dignamente os santos mistérios, invoquemos, desde já, a infinita misericórdia do Senhor.

Somos um Porto peregrino. Abrir caminhos de esperança. Regressados da grande peregrinação jubilar a Fátima, aprendemos de Maria o modo sinodal de escutar, de ponderar todas as coisas e de decidir sem demora, para abrir caminhos de esperança, quando tudo parece bloqueado. Neste início de Ano Pastoral, o Evangelho vem recordar-nos a necessária fidelidade criativa, o serviço desinteressado e a confiança. Nesta Eucaristia, acolhamos o Senhor Jesus e o Seu Reino, o maior bem que Deus nos quer confiar. E, para O acolhermos de braços abertos e de coração limpo, “ergamos para o Céu as nossas mãos santas, sem ira nem contenda” (cf. 2.ª leitura).

Celebramos, neste XXIV Domingo Comum, a Festa da Exaltação da Santa Cruz. Não para exaltar a dor, mas o amor do Senhor. Não para adorar um instrumento de tortura, mas para nos deixarmos abraçar pela misericórdia divina. Segundo a legenda, Santa Helena, mãe do imperador Constantino, terá encontrado a verdadeira Cruz, no dia 14 de Setembro. É conhecida a devoção do Imperador Constantino pela Cruz, à qual atribuiu a vitória na decisiva batalha de Ponte Mílvio em 312: teria tido a visão de uma Cruz luminosa com a inscrição: «In hoc signo vinces» («por este sinal vencerás»). É, pois, para a Cruz,árvore da Vida, que hoje e sempre se dirige o nosso olhar. Neste Domingo, dia da Ressurreição, olhemos e deixemo-nos olhar pelo Crucificado, nossa única esperança. Confiemo-nos à Sua misericórdia.

O país regressou a casa, o ano escolar está à porta e setembro é o mês de todos os recomeços, também nesta comunidade. Perante a escalada da exigência que Jesus coloca aos discípulos, nesta etapa do caminho, precisamos de medir forças e recursos, ponderar e discernir as nossas escolhas, para que nada se anteponha a Cristo. Peçamos a Deus que leve até ao fim a obra que quer realizar em nós e por meio de nós. Que Deus saia vencedor de todas as nossas lutas e nos tornemos vencedores graças a Ele

A despedirmo-nos do querido mês de agosto, há ainda tempo para nos sentarmos com Jesus à mesa, para agradecer os dons da criação e os bens da salvação. À mesa e à conversa com os convivas, Jesus introduz-nos, de novo, na sabedoria dos humildes e dos simples, na escola da humildade e da gratuidade, de que Ele próprio é o exemplo mais sublime. À mesa da Palavra, acolhamos o seu apelo e a sua presença de amor dado, sem troco nem preço.

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