Liturgia e Homilias no XXXII Domingo Comum B 2018
Destaque

Neste início da Semana dos Seminários, tenhamos presentes os seminaristas e seus formadores. Ofereçamos ao Senhor a alegria das crianças, a ousadia dos adolescentes e o entusiasmo dos jovens, para que o Senhor, ao ver a riqueza do seu coração pobre, encontre neles a liberdade e a coragem de dar tudo por amor a Deus e aos irmãos.

Homilia no XXXII Domingo Comum B 2018 – Semana dos Seminários

Para Deus, nada menos que tudo”. Já o tínhamos dito há oito dias. E repete-o a lição da viúva, no Evangelho deste domingo. Exemplo feliz e oportuno, no início desta Semana de Oração pelos Seminários, porque segue o exemplo de Jesus, verdadeiro Sacerdote, que Se fez pobre para nos enriquecer com a Sua pobreza (2Cor 8,9)e Se ofereceu a Si mesmo por todos nós (Heb 9,28). Talvez o número de seminaristas nos dê o índice da pobreza, ou da falta dela, na nossa Igreja. Temos 5 alunos na fase do secundário, no Seminário do Bom Pastor; temos 49 alunos no Seminário Maior da Sé, na fase de estudos superiores; e, em igual fase etária, temos 15 alunos no Seminário Diocesano Missionário Redemptoris Mater. Perante este cenário, procuremos responder à pergunta fundamental: Como preparar o terreno do coração para o florescimento da semente da vocação sacerdotal, em mim, na minha família ou na minha paróquia?

Deixo sete desafios educativos, na primeira pessoa, para ajudar a formar discípulos missionários, de entre os quais possa brotar a vocação sacerdotal:

  1. Educar para a escuta:significa cultivar o silêncio, familiarizar-me com a Palavra de Deus, habituar-me a rezar todos os dias, com a atitude própria do discípulo: “Falai, Senhor, que o vosso servo escuta” (1 Sm 3,9)! Pode ser então que, fora do ruído exterior, eu entre na onda divina e me torne não apenas um ouvinte, mas também um ministro da Sua Palavra. E Padre, porque não?
  2. Educar para a pobreza:implica uma vida sóbria e simples, com generosidade de alma e coração, de tal modo que eu não reserve nada para mim, mas seja capaz de dar tudo e com alegria. Quantas vezes as riquezas, pessoais e materiais, são a minha desgraça, porque me tiram a liberdade de seguir e servir o Senhor? Pode então acontecer que, de tão pobre, eu não tenha nada a perder, já não sirva para grande coisa e “a vida de padre” seja a minha forma de servir o Senhor, com este meu tudo e meu nada. Porque não?
  3. Educar para o serviço: tal supõe humildade no trato, considerando os outros superiores a mim mesmo; disponibilidade para ajudar, sem olhar ao próprio interesse; espírito de sacrifício, alegria e gosto em fazer o bem. Isto torna-me capaz de me colocar diante de Deus, pronto para tudo, e dizer: “Senhor, que quereis que Eu faça”? Ou então: “Que faria Cristo, no meu lugar”? Pode ser que este lugar seja o de Padre! Porque não?
  4. Educar para a comunidade:trata-se de renunciar a mim mesmo, para valorizar a família; descentrar-me de mim, para aprender a viver em grupo; sair de mim, para participar na vida da Paróquia. Que eu ganhe um tal amor à Igreja, que esta se torne Casa de Família. Pode ser que nesta Casa, eu descubra a alegria de me tornar o seu primeiro servidor, como Padre. Porque não?
  5. Educar para o amor:exige um clima saudável de amor familiar, que valorize a diferenciação sexual e ajude a descobrir o corpo como instrumento de relação e de comunicação. O dom aos outros supõe o domínio de mim mesmo. Ser Padre é também uma forma de amar, em banda larga! Porque não?
  6. Educar para a radicalidade: aprender a dar a vida toda, toda a vida, a viver a vida em cheio, sem meias-medidas, recusando uma vida mais ou menos, uma vida assim-assim. Os mais novos gostam de radicalidade. Porque é que, entre tantas saídas profissionais, não haverá para mim uma saída fora da caixa, como a da vocação sacerdotal? Porque não?
  7. Educar para o reconhecimento da vida sacerdotal:que eu saiba apreciar, com admiração e gratidão, a figura do padre; posso escolhê-lo como pai, amigo e conselheiro. Dizer ou ouvir falar mal do padre não encoraja esta opção. E se um filho ou um amigo meu pressente no seu coração, que há nele uma paixão mais forte por Cristo e o apelo a mais gente… por que não alegrar-me com ele e incentivá-lo a seguir o Senhor, como Padre? Porque não?

Todos discípulos missionários!Sim. E se o formos verdadeiramente, por certo, algum de entre vós será Padre, se Deus quiser e chamar. Porque não? 

 

Top

A Paróquia Senhora da Hora utiliza cookies para lhe garantir a melhor experiência enquanto utilizador. Ao continuar a navegar no site, concorda com a utilização destes cookies. Para saber mais sobre os cookies que usamos e como apagá-los, veja a nossa Política de Privacidade Política de Cookies.

  Eu aceito o uso de cookies deste website.
EU Cookie Directive plugin by www.channeldigital.co.uk