Não somos uma multidão anónima.Somos um reino de sacerdotes, uma assembleia santa, um povo sacerdotal. Quando nos reunimos, em assembleia, para celebrar a Eucaristia, ativamos este sacerdócio comum dos fiéis, que recebemos de graça, no Batismo. Pelo Batismo, tornamo-nos membros deste Povo sacerdotal, que é chamado a fazer da sua vida um dom de amor, um sacrifício de louvor a Deus, pela salvação dos irmãos. Pelo Batismo, participamos deste sacerdócio de Jesus, unindo-nos, em Eucaristia, ao dom que Ele mesmo faz da Sua vida ao Pai por nós. Pelo Batismo, somos todos chamados pelo nome próprio, resgatados pelo mesmo amor e enviados em missão, para dar de graça aos outros, o que de graça recebemos do Senhor.

Estamos a celebrar o X Domingo Comum, passadas já as grandes festas e Solenidades! Mas a Liturgia de hoje permite-nos retomar os fios e recapitular os desafios das Solenidades da Santíssima Trindade e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. Porque nos desafia a conhecer o rosto misericordioso de Deus e porque somos chamados a fazê-lo à mesa da Eucaristia, com o Senhor.  Deixemos então que o olhar misericordioso de Jesus pouse e repouse sobre nós, para que nos toque e transforme o coração, para que nos levante do chão, nos sente à mesa e nos torne servidores da alegria do Evangelho.

 

Belo é este dia de quinta-feira, em que celebramos a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. Nesta quinta-feira do «Corpo de Deus» recordamos, em espírito festivo, aquela outra Quinta-Feira Santa, em que Jesus, na noite em que ia ser entregue, tomou o pão e o vinho e, por meio destes dons, prometeu ser e estar presente connosco até ao fim dos tempos. Abracemos o presente da Eucaristia, que não é outra coisa senão a presença real e substancial de Jesus, que Se faz alimento da nossa amizade com Ele e da comunhão entre nós.

"A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco". É com esta saudação que somos habitualmente acolhidos nas nossas celebrações. Desde o nosso Batismo, vivemos toda a nossa vida, mergulhados nesta fonte eterna e inesgotável do amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo. As nossas orações, na Liturgia, dirigem-se sempre a Deus Pai, por meio de Seu Filho Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.Aqui vimos, aqui estamos, para participar da Eucaristia, não a título individual, mas como filhos de Deus Pai, como irmãos em Cristo, como família e comunidade, reunida à imagem da Santíssima Trindade.  Este mistério do amor que é Deus e que há em Deus, manifesta agora na sarça ardente da Eucaristia, em que o Pai nos oferece o Filho, o Filho Se entrega ao Pai por nós e o Espírito Santo nos transforma n’Aquele que recebemos.

Abraça o presente da Páscoa que é Cristo vivo”! E hoje podíamos dizer: “Abraça o presente de Cristo vivo, que é o Espírito Santo, o Dom de Deus”. Chega hoje à sua plenitude o tempo de Páscoa, desde a Ressurreição de Jesus até ao Pentecostes, que hoje celebramos. De facto, o Dom pascal por excelência é o Espírito Santo. O Espírito Santo é Dom. É presente. É oferta. É o Amor do Pai e do Filho, o fruto do amor entre eles, comunicado como Dom de Deus,  àqueles que acreditam.

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