Liturgia e Homilia no X Domingo Comum C 2016
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E não param as obras… de misericórdia! Jesus irrompe no cortejo dos que se ocupam de sepultar os mortos e dedica-Se a consolar aquela triste viúva, que acaba de perder o seu filho único, e, portanto, todo o seu viver. 


Homilia no X Domingo Comum C 2016


E não param as obras… de misericórdia! Jesus irrompe no cortejo dos que se ocupam de sepultar os mortos e dedica-Se a consolar aquela triste viúva, que acaba de perder o seu filho único, e, portanto, todo o seu viver. Neste Ano da Misericórdia, fixemo-nos, tão só, em três pormenores mais significativos:

1.O primeiro pormenor é que “o Senhor compadeceu-Se” (Lc 7,13). Jesus não é indiferente ao sofrimento indescritível daquela mãe. Quando encontraa viúva de Naim, que levava o seu único filho a sepultar, sentiu grande compaixão pela sua dor imensa, e entregou-lhe, de novo o filho, ressuscitando-o da morte! Na verdade, “uma mãe que perde um filho é como se o tempo parasse: abre-se um abismo que engole o passado e o futuro. [Chega-se mesmo a culpar Deus. A morte, que leva embora o filho pequeno ou jovem é uma bofetada às promessas, aos dons e aos sacrifícios de amor, jubilosamente confiados à vida que fizemos nascer. A morte sempre acontece, mas quando se trata de um filho, fere profundamente. A família inteira permanece como que paralisada, emudecida]. Nestes casos, a morte é como um buraco negro que se abre na vida das famílias e ao qual não sabemos dar explicação alguma” (Papa Francisco, Audiência, 17.06.2015; cf. AL 254-255). É uma dor sem nome! Mas – dizíamos - Jesus não passa ao lado daquele cortejo fúnebre, nem faz simplesmente figura de corpo presente. Ao ver aquela mãe, “o Senhor compadeceu-Se” (Lc 7,13). Literalmente, esta “compaixão” de Jesus é comparável ao “movimento de um filho nas entranhas de sua mãe”. Um e outro sentem a dor no mesmo lugar. Jesus é o rosto da misericórdia do Pai, que nos ama, com este amor visceral, porque é um amor que “provém do mais íntimo, como um sentimento profundo, natural, feito de ternura e compaixão” (MV 6). Em Jesus, “nada há que seja desprovido de compaixão” (MV 8).

2.O segundo pormenor é-nos dado pela palavra-chave deste acontecimento: «Jovem, Eu te ordeno: levanta-te” (Lc 7,14).Este «levantar-se» é um desafio, não apenas a pôr-se de pé, a acordar, a ressurgir, mas a insurgir-se, a despertar para a vida, a mudar o rumo das coisas. Mas é também um desafio a levantarmo-nos quando caímos. Fomos feitos para estarmos de pé. Não fomos feitos para ficarmos prostrados, nos nossos falhanços do passado, ou de braços caídos diante do futuro. Jesus diz-nos: «Se caíres, levanta-te»! Quando uma criança cai, o que faz? Levanta a mão para a mãe, para o pai, para que a ajude a levantar-se. Façamos o mesmo! Se caíres por debilidade no pecado, levanta a tua mão: o Senhor toma-a, para te ajudar a levantar. Esta é a dignidade do perdão de Deus! Ele criou-nos para que estejamos de pé!

3. Mas há uma terceira palavra, que nos enche de esperança e consolação: «E Jesus entregou-o à sua mãe” (Lc 7,15). Jesus restituir-nos-á à família!Por isso, a pessoa amada, que partiu, não precisa da nossa tristeza, nem da nossa ruína. E também não é grande coisa lembrá-la e nomeá-la a cada momento, querendo-a prender a um mundo, a que, de facto, já não pertence. “A melhor maneira de comunicarmos com os seres queridos que nos morreram é rezar por eles. Rezar por eles «pode não só ajudá-los, mas também tornar mais eficaz a sua intercessão em nosso favor»” (Papa Francisco, Audiência, 17.06.2015; cf. AL 238).

Assim, podemos pôr em prática estas obras de misericórdia, “sepultar os mortos”, “consolar os tristes” e “rezar por vivos e defuntos”, na certeza de que os nossos entes queridos não desapareceram nas trevas do nada: a esperança da ressurreição assegura-nos que eles estão nas mãos misericordiosas de Deus. Nesta fé esperançosa, crescemos no amor uns aos outros, até ao dia em que nos encontraremos juntos, quando “Deus enxugar as nossas lágrimas” e «já não houver nem morte, nem luto, nem grito, nem dor» (cf. Ap 21,4).


HOMILIA NA FESTA DO ENCERRAMENTO DA CATEQUESE 2016

 ENTREGA DO DECÁLOGO E DAS BEM-AVENTURANÇAS


 

É muito significativo podermos escutar este belo Evangelho, ao encerrarmos hoje o nosso ano de catequese, estando nós ainda a viver o Ano da Misericórdia, que se prolongará até final de novembro. Fixemo-nos em três pormenores:

1. O primeiro pormenor é que Jesus não é indiferente ao sofrimento daquela mãe, uma viúva de Naim, que levava o seu único filho a sepultar. Ao ver aquela mãe, “o Senhor compadeceu-Se” (Lc 7,13). Literalmente, esta “compaixão” de Jesus é, na linguagem bíblica, comparável ao “movimento de um filho nas entranhas de sua mãe”. Um e outro sentem a dor no mesmo lugar. Jesus é o rosto da misericórdia do Pai, que nos ama, com este mesmo amor visceral, porque é um amor que “provém do mais íntimo como um sentimento profundo, natural, feito de ternura e compaixão” (MV 6). Em Jesus, bem o vemos aqui, “nada há que seja desprovido de compaixão” (MV 8). E, nesta cena, vemo-l’O a pôr em prática várias obras de misericórdia espirituais, com grande humanidade: acompanhar quem perde os seus familiares, chorar com quem chora, consolar os tristes, rezar por vivos e defuntos.

Ao entregar as bem-aventuranças, aos catequizandos do 7.º ano, recordemos e pratiquemos com alegria, sobretudo aquela bem-aventurança, que mais repetimos ao longo deste ano: “felizes, felizes os misericordiosos”.

2. O segundo pormenor é a palavra-chave deste acontecimento: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!” (Lc 7,14). Este «levantar-se» é um desafio não apenas a pôr-se de pé, a acordar, a ressurgir, mas a insurgir-se, a despertar para a vida, a mudar o rumo das coisas. Fomos feitos para estarmos de pé. Não fomos feitos para ficarmos prostrados nos nossos falhanços do passado ou de braços caídos diante do futuro. Os mais jovens devem remar contra a corrente (como tendes escrito no vosso cartaz), levantar-se contra aquilo que são os sinais da destruição e da morte e lutar por uma cultura da vida.

É isso que nos é proposto, no Decálogo, que iremos entregar daqui a pouco aos catequizandos do 9.º ano.

3. Mas há uma terceira palavra, que faz todo o sentido, neste dia e é para todos nós: «O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe”. Neste final de ano, nós entregamos, agora, e de novo, os filhos aos pais, que são os seus primeiros educadores. Mas entregamo-los à família - julgamos nós - mais vivos, mais ricos, mais cheios da vida de Deus.

Procuremos então que as férias não sejam o tempo de fazer morrer a vida de Deus nos filhos. Mas sejam a oportunidade de partilhar a beleza da fé e do amor, em família, e de os alimentar, cada domingo, na Eucaristia. Só com este alimento, nos poderemos levantar e seguir Jesus, pelo Caminho da Vida!


Homilia na Festa da Profissão de fé (onde houver)


 

1.A primeira palavra de ordem de Jesus hoje é «jovem, eu te ordeno: “levanta-te”». Levantar-se é assumir-se, é expor-se publicamente, é dar a cara, é tomar posição, é responder à chamada. A profissão de fé é um pouco isto: respondo pessoalmente à chamada, porque a fé é sempre resposta a Deus, que se revela. Professar a fé é assumir pessoalmente a fé recebida e transmitida, em primeiro lugar, pelos pais, pela família. Professar a fé é tomar posição, é confirmar o acerto e a alegria da escolha que outros fizeram por mim. Agora sou eu, que estou aqui, diante do Senhor e da Igreja, de pé, como aquele jovem, e firme na fé.

 

2. A segunda palavra diz respeito à resposta daquele jovem: «levantou-se e começou a falar». A profissão de fé é também isto: começar a falar a fé, que aprendemos na língua materna, e testemunhá-la, de viva voz, com a linguagem da nossa própria idade. No dia do Batismo, foi expresso este desejo: «o Senhor te conceda a graça de, em breve, poderes ouvir a sua palavra e professar a fé para glória de Deus Pai». Vós ouvistes esta Palavra. E agora começais a falar de Jesus aos outros e dos outros a Jesus. E esta vossa fé é uma fé de gente viva e ressuscitada, de gente feliz, por ter descoberto e encontrado Jesus. É preciso que os outros olhem para vós e descubram a alegria e a força da ressurreição. Jesus transformou a vossa vida. É disto que tendes de falar aos outros.“O teu coração sabe que a vida não é a mesma coisa sem Ele; pois bem, aquilo que descobriste, o que te ajuda a viver e te dá esperança, isso é o que deves comunicar aos outros. A nossa imperfeição não deve ser desculpa; pelo contrário, a missão é um estímulo constante para não nos acomodarmos na mediocridade, mas continuarmos a crescer. O testemunho de fé, que todo o cristão é chamado a oferecer, implica dizer como São Paulo: «Não que já o tenha alcançado ou já seja perfeito; mas corro para ver se o alcanço, (…) lançando-me para o que vem à frente» (Fl 3, 12-13)” (E.G.121).

3. A terceira palavra é esta: «entregou-o à sua mãe». No final desta etapa, nós entregamos, agora, e de novo, os filhos aos pais, que são sempre os seus primeiros e insubstituíveis educadores. Mas entregamo-los à família - julgamos nós - mais vivos, mais ricos, mais cheios da vida de Deus, transformados pelo encontro com Cristo.

4. Caríssimos catequizandos: Cristo ressuscitado levanta-vos, para vos fazer caminhar! Estamos de pé, para andar, para seguir, para caminhar, para avançar. Quem fica parado, anda para trás. Professar a fé é um passo decisivo, para continuar a crescer e a caminhar com Jesus, na comunhão com a Sua Igreja.

5. Caríssimos pais e padrinhos: Jesus continua a entregar à família os vossos filhos e afilhados. Não deixeis morrer a vida de Deus nos vossos filhos. Mas estimulai-os, pelo vosso próprio exemplo, a partilhar a beleza da fé e do amor, em família. Não os mandeis à Igreja. Vinde com eles. “Jesus bate à porta da família, para partilhar com ela a Ceia Eucarística (cf. Ap 3, 20)” (A.L. 318).

Só com este alimento, nos poderemos levantar e seguir Jesus, pelo Caminho da Vida!

 


HOMILIA NA MISSA COM CRIANÇAS – 1ª COMUNHÃO – X Domingo Comum C (onde houver)


 

 

1. No passado domingo (Corpus Christi), nós ouvíamos dizer que Jesus alimentou uma grande multidão, com cinco pães e dois peixes. Jesus tem, de facto, uma grande preocupação, pela nossa vida. Ele sabe que precisamos de comer, de beber, de vestir, de estudar. Jesus mandou mesmo aos seus discípulos que dessem de comer, que aprendessem a partilhar.

 

2. Mas Jesus não se preocupa apenas com a nossa saúde, o nosso bem-estar. Ele quer que tenhamos vida e vida em abundância. Ele quer mesmo que a nossa vida nunca acabe. Ele quer que a nossa vida seja sempre bela e nova.

 

3. O milagre que há pouco ouvíamos significa isso mesmo: Jesus quer dar-nos a sua própria vida, a vida nova, a vida da ressurreição, a vida eterna.

 

4. Por isso é que Jesus quando deu pão a comer à multidão disse logo aos seus discípulos que tinha outro Pão para nos dar: o Pão da Vida, o Pão da Eucaristia. Quem comer deste pão, não morrerá jamais.

 

5. Assim, meus meninos: quando comungais, este alimento, este Pão que Jesus nos dá, não é para alimentar o estômago, para encher a barriga, para matar a fome. É um Pão, pelo qual Jesus nos dá a sua própria Vida. Este alimento dá-nos a própria Vida de Jesus.

 

6. É isto que deveis esperar da comunhão: receber a vida de Jesus. Na Eucaristia, vós recebeis Jesus e Jesus recebe-vos a vós. Na Eucaristia este alimento transforma a vossa vida, de modo a que vos pareçais cada vez mais com Jesus.

 

7. Espero que este dia da 1ª comunhão seja o princípio de uma grande amizade com Jesus, para toda a Vida. 


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